quarta-feira, 11 de julho de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
Musgum
A Tribo dos Musguns do Camarões, fazem essas casas de barro, que são modeladas criando uma serie de pequenos apoios que servem de escada. Além de serem feitas com um material local e super simples, tem um aspecto decorativo e funcional.
Segue o link da matéria:
http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/9207/musgum-clay-houses.html
Segue o link da matéria:
http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/9207/musgum-clay-houses.html
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Tiradentes
Porque em Minas todo mundo fala "uai"? O que significa "uai"? "Uai" é "uai", uai...Você provavelmente iria escutar esta resposta de um mineiro. Na verdade tem uma pequena historinha que explica o famoso uai mineiro. Uma sigla para união e mais 2 palavras relacionadas a um fato histórico, que não lembro agora, mas que tem uma explicação tem sim uai? Aliás, existem muitas histórias em Minas, que explicam jeitos de falar, nomes de doces, características da arquitetura colonial, artesanatos e muitas histórias também, mais muitas mesmo, sobra a época da Inconfidência Mineira, Tiradentes, dos escravos, mulatos e brancos, dos padres, da Igreja, do ouro..a lista não tem fim. Quem quiser saber, pode passar uns dias por lá e escutar tudinho, no ritmo lento e cadenciado do jeito de falar mineiro. Um jeito de falar que parece ser conduzido pelo cheiro de bolo saído do forno ou de pão de queijo molinho, que fica melhor ainda com uma passada de manteiga que derrete tão rápido, que quase não dá pra ver. Voltando aos bolos, é bolo de cenoura com chocolate, bolo de milho, bolo de bolo, comum mesmo, bolo de laranja...Também não tem fim. Jeito de falar tímido, de sotaque carregado e um sorrisinho quase disfarçado no rosto, apenas para indicar um caminho. Jeito amigável e tranquilo que te saúda sem te conhecer, como se te conhecesse há tempos. Um jeito bom, lento, suave que ajuda a frear a corrida do dia a dia da cidade grande. Parece que o Bom dia é mais sincero.E se falo de Tiradentes, posso falar de uma cidade linda de arquitetura colonial, com casinhas brancas, janelas grandes coloridas, ruas de pedras, calçadas estreitas, muitas igrejas, muitas ladeiras, muitas lojas, muitos restaurantes, muita comida boa e muitas montanhas rodeando a pequena cidade que permaneceu ali. Casas com telhas velhas e irregulares que os escravos faziam apoiadas na suas coxas, e que deu origem a expressão "trabalho feito nas coxas", querendo dizer que foi mal executado. Mas todo mundo concorda que as telhas assim são um ponto alto da arquitetura de lá.A cidade, com o passar do tempo, resistiu como um troféu para os dias de hoje, um prêmio, para todos nós aproveitarmos, o que restou da época ruim da escravidão e da exploração de tudo e todos pelos colonizadores.Hoje, a cidade está lá quietinha, como uma cidade mineira, com seus cheiros e sons típicos, como por exemplo o estrondoso barulho da Maria Fumaça, que permanece funcionando neste mundo cada vez mais tecnológico. Este charmoso trem corta o campo, assustando o gado em direção a São João Del Rei . Faz as crianças pularem de um lugar ao outro, felizes com o balanço dos vagões. Faz adultos virarem crianças de novo, lembrando de trens de madeira que brincavam quando pequenos, lembrando de cenários em livros de literatura ou simplesmente por estar dentro de uma locomotiva a vapor que faz ou já fez parte da vida de todos, como um elemento de brincadeira da infância, dentro de histórias ou de uma realidade distante no tempo. As ruas de Tiradentes parecem pautas de uma partitura e suas pedras grandes e irregulares, são como as notas musicais, onde caminhando depois de um belo jantar regado a vinho, cada pessoa ao pisar nessas pedras, segue um ritmo particular com o balanço do corpo, e aos risos criam sua música que será ouvida pelas namoradeiras coloridas, feitas de barro, esperando com seus olhares apaixonados, nas sacadas das janelas antigas dos solares e sobrados que com certeza não foram feitos nas coxas.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Panamá - Santa Catalina
Chegar de madrugada em Santa Catalina é um pouco parecido com a chegada ao north shore de Oahu, no Hawaii, também sem a luz do Sol. O barulho das ondas, o vento no rosto e o silêncio que precede a força da natureza quando o dia amanhecer, faz o coração acelerar e a expectiva atrapalhar o pouco de tempo para o sono que resta.
Catalina, é um pequeno vilarejo no litoral do pacífico onde a agitação e a modernidade estão fora, muito longe dali. O surf deu uma pequena guinada no turismo local, mas mesmo assim a sensação de isolamento é grande. Muitos terrenos vazios, com cercas precárias de arames, muito chão de terra seca, coqueiros, cachorros soltos, pousadas e casas espalhadas, sem muita estrutura e uma pequena vendinha com dois telefones públicos disputados, criam uma atmosfera de pequeno vilarejo tropical do centro das Americas.
Essa pequena vila, atrai as pessoas que buscam um contato intenso com a natureza, uma onda perfeita e isolada e paisagens tropicais de praias quase desertas recheadas de coqueiros, onde a luz do sol e a diferença das mares, molda o espetáculo da natureza para fazer valer o esforço de chegar até ali.
É possível caminhar beirando a costa, desde a praia onde se encontra a bancada de Catalina até a pequena praia da vila, de onde se vê um magnífico pôr do sol de deixar qualquer um de queixo caído.
Uma pequena travessia de barco até a pequena ilha em frente não só vale muito a pena, como dá pra sentir um pouquinho como é ficar realmente isolado numa ilha deserta. Milhares de pequenos crustáceos, carregando suas casas-conchas nas costas, povoam as areias desta ilha e acabam subindo nas suas pernas sem imaginar que você também é um ser vivo.
A diferença das marés também é muito intensa mudando a paisagem e criando cenários completamente diferentes em uma mesma praia.
E a maior atração do local, a famosa direita de Catalina, tem seu poder, sua força e sua beleza primitiva, intactas. Um espetáculo da natureza que pode ser um dos melhores momentos da vida de um surfista como um dos piores também. Por isso tem que ser respeitada e admirada sempre com humildade.
As crianças locais disputam as pequenas ondas da vila, num cenário paradisíaco onde cavalos correm pela areia também guiados por essas crianças que crescem influenciadas pela paz e pela lentidão que caracteriza o ar deste lugar.
É aquele tipo de lugar que faz você se desligar de tudo que não vale a pena lembrar. Parece que sua mente se esvazia e só mantém o que é bom pra você, as suas melhores lembranças com as melhores pessoas.
E o que é melhor ainda pra quem surfa: Uma onda perfeita e tropical de muito respeito.
Catalina, é um pequeno vilarejo no litoral do pacífico onde a agitação e a modernidade estão fora, muito longe dali. O surf deu uma pequena guinada no turismo local, mas mesmo assim a sensação de isolamento é grande. Muitos terrenos vazios, com cercas precárias de arames, muito chão de terra seca, coqueiros, cachorros soltos, pousadas e casas espalhadas, sem muita estrutura e uma pequena vendinha com dois telefones públicos disputados, criam uma atmosfera de pequeno vilarejo tropical do centro das Americas.
Essa pequena vila, atrai as pessoas que buscam um contato intenso com a natureza, uma onda perfeita e isolada e paisagens tropicais de praias quase desertas recheadas de coqueiros, onde a luz do sol e a diferença das mares, molda o espetáculo da natureza para fazer valer o esforço de chegar até ali.
É possível caminhar beirando a costa, desde a praia onde se encontra a bancada de Catalina até a pequena praia da vila, de onde se vê um magnífico pôr do sol de deixar qualquer um de queixo caído.
Uma pequena travessia de barco até a pequena ilha em frente não só vale muito a pena, como dá pra sentir um pouquinho como é ficar realmente isolado numa ilha deserta. Milhares de pequenos crustáceos, carregando suas casas-conchas nas costas, povoam as areias desta ilha e acabam subindo nas suas pernas sem imaginar que você também é um ser vivo.
A diferença das marés também é muito intensa mudando a paisagem e criando cenários completamente diferentes em uma mesma praia.
E a maior atração do local, a famosa direita de Catalina, tem seu poder, sua força e sua beleza primitiva, intactas. Um espetáculo da natureza que pode ser um dos melhores momentos da vida de um surfista como um dos piores também. Por isso tem que ser respeitada e admirada sempre com humildade.
As crianças locais disputam as pequenas ondas da vila, num cenário paradisíaco onde cavalos correm pela areia também guiados por essas crianças que crescem influenciadas pela paz e pela lentidão que caracteriza o ar deste lugar.
É aquele tipo de lugar que faz você se desligar de tudo que não vale a pena lembrar. Parece que sua mente se esvazia e só mantém o que é bom pra você, as suas melhores lembranças com as melhores pessoas.
E o que é melhor ainda pra quem surfa: Uma onda perfeita e tropical de muito respeito.
A onda de Catalina em tamanhos diferentes.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Maldivas
Hudhuranfushi é um nome muito diferente e estranho de pronunciar. Difícil de imaginar uma palavra assim para nós brasileiros. Difícil também é acreditar que no mundo de hoje, tão superlotado e cheio de problemas contra o meio ambiente e com muita violência, exista um lugar como Maldivas. Um lugar paradisíaco formado por ilhas no oceano Índico, ao lado da Índia. Ilhas pequenas e basicamente planas rodeadas por águas cristalinas povoadas por uma rica vida marinha que por sinal pode estar ameaçada. Com a temperatura do planeta subindo, os corais estão morrendo e comprometendo a vida marinha. Além disso, o nível do mar está subindo o que com o tempo, vai inundar as ilhas podendo acabar com o país daqui a algumas décadas. É triste saber que nada escapa aos erros da humanidade e nos resta tentar preservar o máximo que pudermos e tentar conseguir que as pessoas a nossa volta façam o mesmo.
A capital Male é uma ilha que se pode ver do aeroporto que por sinal, também é uma ilha. Os hotéis se distribuem pelas outras ilhas, que podemos apreciar no caminho de barco do aeroporto até o hotel escolhido. É um país muito procurado por quem pratica o surf, pois oferece uma excelente estrutura hoteleira com apoios de barcos para lever os surfistas até as ilhas com ondas. E que ondas. Diversão garantida para os surfistas. Além do surf, tem o mergulho que num lugar como Maldivas, se torna um programa imperdível. Além do simples ato de relaxar, não pensar em nada, esquecer de tudo e sentir a fraca brisa que sopra e balança os coqueiros e refresca a cuca de qualquer um.
A areia branca e fina parece que foi até colocada ali, junto com as raias e os pequenos tubarões que acabam nadando perto da praia e que não são nem um pouco difíceis de encontrar. Numa determinada hora do dia, os funcionários do hotel alimentam os peixes e os hóspedes ficam ao lado, em cima do deck, só espiando e tirando fotos.
Durante o dia você pode cruzar com pequenos camaleões coloridos correndo pela areia, com garças matando a sede nos pequenos lagos do hotel e morcegos gigantes voando de um coqueiro ao outro, ao redor da piscina enquanto você se refresca na água. Parece até um pouco assustador falar de morcegos gigantes, raias e tubarões livres e perto de todos, mas todos ocupam seu lugar e existe um respeito aos limites de cada um. Um respeito a natureza onde o ser humano parece saber o seu lugar e os animais parecem, não só ensinar isso a gente, mas também parecem entender que, pelo menos por ali, estamos tentando fazer a nossa parte com eles.
(foto de dentro do barco: Rafael)
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